Diretor de assistência do SAEI comenta novos estudos sobre vacinas contra o HIV
- Cadastrada em: 07/06/2024 por Reginaldo VianaDiretor de assistência do SAEI comenta novos estudos sobre vacinas contra o HIV
O infectologista Alexandre Naime Barbosa foi entrevistado pela revista Veja e falou sobre o aumento da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV .
Em dezembro de 2023 foram interrompidos alguns estudos que estavam sendo realizados há quarenta anos no desenvolvimento de uma vacina preventiva à infecção pelo HIV. Mas o trabalho de busca de um imunizante que possa impedir a transmissão desse vírus ganhou novas perspectivas com a divulgação de cinco novas pesquisas em maio de 2024
A revista Veja produziu uma reportagem sobre este cenário e entre os especialistas consultados está o médico infectologista e diretor de assistência do Serviço de Ambulatórios Especializados em Infectologia “Prof. Domingos Alves Meira” (SAEI-DAM), unidade da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp), Alexandre Naime Barbosa. Os novos estudos contêm positivos avanços na missão de produzir um imunizante capaz de impedir a infecção pelo HIV, gerando uma resposta de defesa e proteção por meio de anticorpos.
Por mais que a medicina esteja caminhando a passos largos na pesquisa para desenvolver a vacina, tão aguardada pela população mundial desde 1983 - quando os primeiros casos de HIV foram descritos - são os tratamentos para a infecção pelo HIV que têm evoluído de forma mais significativa. Os avanços beneficiam principalmente as pessoas vivendo com HIV que recebem o atual tratamento antirretroviral (antigo coquetel), que hoje está muito mais potente, mas ao mesmo tempo extremamente prático, pois se resume de um a três comprimidos somente uma vez ao dia, praticamente sem efeitos colaterais.
Segundo o diretor de assistência do SAEI-DAM, devido aos últimos avanços científicos nos últimos 10 anos, a efetividade da terapia contra o HIV aumentou enormemente, o que mudou o cenário de uma doença que há algumas décadas era uma sentença de morte. “Hoje falamos em terapia supressiva, porque mais de 90% dos pacientes em tratamento não têm o vírus no sangue. Eles podem viver normalmente e não o transmitem mais”, afirma o infectologista. Atualmente o SUS disponibiliza gratuitamente cerca de vinte antirretrovirais diferentes para as pessoas vivendo com HIV.
Assistência regional - O SAEI-DAM, localizado em Botucatu-SP, entre outros serviços, presta assistência multidisciplinar e interdisciplinar para pessoas vivendo com HIV, com uma estrutura completa para a realização de consultas, coleta de exames laboratoriais e ambulatórios especializados com atenção multiprofissional, incluindo além de infectologistas (listar todos os profissionais de saúde do SAEI).
Pré e Pós Exposição - O SAEI-DAM conta com equipe especializada atuando no ambulatório de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao HIV, prestando atendimento imediato. Na PrEP, com apenas um comprimido ao dia, se pode evitar a infecção pelo HIV, mesmo sem o uso de preservativo. “Antes de iniciar a PrEP, nós fazemos testes para saber se o indivíduo não possui HIV. É preciso que ele não esteja infectado, pois esta é a única contraindicação”, diz Naime.
Nos casos de pessoas que já foram expostas ao HIV por via sexual ou acidente de trabalho, a prevenção é realizada de outra forma, chamada de PEP. “A estratégia nesses casos é iniciar medicações antirretrovirais em até 72 horas depois da exposição, mantendo essa profilaxia durante 28 dias. Quem quiser conhecer a PEP, pode buscar uma unidade de saúde, como o SAEI. Também é uma estratégia importante, que funciona bem. São medidas adicionais e alternativas ao uso do preservativo”, finaliza o diretor de assistência da unidade.
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https://www.famesp.org.br/transparencia/saei-dam/