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É Fevereiro Laranja. E agora?

por Marcelo Bernardini Antunes*

O “Fevereiro Laranja” foi instituído por lei no calendário de saúde de todo o Estado de São Paulo como o mês de combate e conscientização da leucemia, um tipo de câncer do sangue que, no Brasil, atualmente, ocupa o 9º lugar de câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as mulheres. 

Para entender melhor, nosso sangue é produzido no interior da medula óssea, que se encontra dentro dos ossos mais importantes e se apresenta sob forma de um tecido esponjoso e mole. A partir de erros genéticos nossos glóbulos brancos ou células de defesa começam a crescer de forma desordenada. Uma série de consequências pode acontecer ao corpo humano como, por exemplo, infecções, sangramentos, entupimento de vasos, e infiltração de células leucêmicas em qualquer outro órgão humano. As células malignas podem crescer de forma rápida, o que causa a leucemia crônica. Entre os tratamentos estão a quimioterapia agressiva, comprimidos específicos com baixa toxicidade e transplante de medula óssea, feitos por meio de uma estrutura especializada.

Todo este cuidado é essencial devido ao grande risco de mortalidade inerente à doença e à toxicidade ao tratamento.  Fique atento a alguns sinais que podem estar relacionados à leucemia: febre inexplicada, dor óssea, sangramentos, manchas vermelhas, fraqueza excessiva e palidez cutânea. A persistência e combinação desses sintomas devem ser avaliadas pelo médico, o profissional que pode verificar se está tudo bem com sua saúde. Um simples exame de sangue como o hemograma pode apontar alterações que exigem uma investigação e encaminhamento a serviços de referência que possam confirmar o diagnóstico, como a oncohematologia do Hospital Estadual de Bauru, especializada no tratamento de doenças do sangue.
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*Marcelo Bernardini Antunes, médico oncohematologista do Hospital Estadual de Bauru